sexta-feira, 27 de julho de 2007

Região de Leiria precisa de mais de sete bébés por dia

"Seriam como sete novas maravilhas rejuvenescedoras a cada dia que passa. São mais de sete bebés por dia que não nascem na região e que, é garantido, mais cedo ou mais tarde, vão fazer falta. No ano passado, nos 16 concelhos do distrito e em Ourém, ficaram por nascer 2.677 bebés, imprescindíveis para a região garantir a renovação das gerações e, assim, travar o envelhecimento da população. Dito de outra forma, a cada dia que passa, nascem na região mais de 14 bebés (14,3). Contudo, para assegurar que a população não envelheça, deveriam nascer mais de 21. Para se ser exacto, 21,6. O REGIÃO DE LEIRIA fez as contas (ver texto sobre como foi efectuado o cálculo) e concluiu que terão nascido cerca de 5.225 bebés. Bem aquém dos 7.902 que seriam necessários para que a substituição das gerações não fosse problemática. O mesmo será dizer que caso mantenha o actual nível de natalidade, inevitavelmente, os habitantes da região caminham para a extinção. É ponto assente entre os especialistas da Demografia que, de modo a que as gerações se substituam, cada mulher em idade fértil deve ter em média 2,1 filhos (índice sintético de fecundidade). Ora, no ano passado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), aquele valor era de 1,4 na zona do Pinhal Litoral (que engloba os concelhos de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Pombal e Marinha Grande) e de 1,41 no Oeste (onde se incluem Alcobaça, Nazaré, Óbidos, Peniche e Bombarral). Sem dados do ano passado, os concelhos do norte do distrito estão integrados numa zona de referência estatística (a NUT III de Pinhal Interior Norte) onde em média cada mulher teve, em 2005, 1,3 filhos, tal como na NUT de Médio Tejo, onde está integrado Ourém. Embora sem rigor científico, as nossas contas permitem obter uma imagem bem aproximada do défice de nascimentos que afecta a região. A título de exemplo, constatamos que para travar o envelhecimento, só no concelho de Leiria deveriam nascer, num só ano, mais 667 bebés, quase dois a cada dia que passa. Os 1334 que terão nascido o ano passado estão longe dos mais de dois mil necessários. Assim, são necessários quase mais dois por dia. Situação tende a agravar-se. Há já alguns concelhos da nossa região em que o número de idosos (pessoas com mais de 65 anos de idade) é já mais do dobro que o número de jovens. Essa realidade é bem presente nos concelhos de Alvaiázere, Castanheira de Pêra, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos. A situação mais grave regista-se em Pedrógão Grande. Aí, por cada jovem residente, existem quase três idosos (2,9). Ao invés, Leiria é o único concelho da nossa região com mais jovens que idosos. De facto, por cada cem jovens “só” existem 96 idosos. Se é certo que, em Portugal, nos anos 60, cada mulher tinha, em média 3,5 filhos e agora esse valor ronda os 1,36, é fácil perceber a tendência de envelhecimento da população. Mas o cenário futuro é ainda mais negro. As mais recentes projecções do INE apontam para uma quebra no crescimento da população. E a nossa região não escapa a esta tendência. Até 2050, revelam esses estudos, a população na área do Pinhal Litoral vai diminuir à média de 0,48 por cento por ano. Nesta zona que engloba Leiria, Batalha, Marinha Grande, Pombal e Porto de Mós – actualmente das mais “jovens” do distrito – dentro de 43 anos, mais de um terço da população terá uma idade superior a 65 anos. Em 2006 “apenas” 17,6 por cento dos habitantes são idosos. De resto, enquanto que em termos globais, a população deverá diminuir, este sector da população tenderá a crescer a um ritmo anual de 1,13 por cento. Em suma, também por cá o número de idosos suplantará largamente o de jovens, atingindo uma proporção de um jovem para cada três idosos em meados deste século. Actualmente, essa relação é de um jovem para cada 1,1 idosos."

É preferível para o estado substituir uma vaga de bébés de raízes puramente Portugueses por uma de imigrantes, pergunto-me porquê...
O estado prefere perder trabalhadores Portugueses, indo eles para outros países, e aproveitando isso, dando a desculpa de ser necessário substitui-los, fazem-no por mais do dobro de imigrantes do que seria necessário.

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