O incremento do consumo de substâncias psicoactivas que chegaram a ser utilizadas com fins terapêuticos, em civilizações antigas ou mais recentes, é assumido. Embora a sua dependência não seja física a exemplo de outros estupefacientes, os riscos associados são muitos.Entre as “ecodrugs” surgem os cogumelos mágicos, o psilocybo, o peyote, a salvia divinorum, o estramónio, a trombeteira, a ayahuasca, a noz-moscada, as sementes de Morning Glory, a erva dos gatos, a noz de Bétel ou a jurema. A lista vai longa e integra algumas substâncias já classificadas como ilícitas.E se o seu consumo visa a busca do prazer, as reacções podem ser diversas. Há registos de casos de desorientação à falta de coordenação, sonolência à distorção da noção do tempo, das alterações de humor à fúria, da ansiedade à angústia, de alucinações assustadoras a náuseas, da psicose aguda ou depressiva, nalguns casos irreversíveis, a delírios, da boca seca, intestinos paralisados à elevação da temperatura, sensação de medo, perda de controlo com reacção de pânico, alterações da consciência, e aumento do ritmo cardíaco.
Drogas mais acessíveis. “Porque não há dependência decorrente do uso destas substâncias, nem sintomas de abstinência, muitos pensam que não há problema”, alertou Alexandre Ferreira, da comunidade de inserção da Figueira da Foz da Associação Novo Olhar (ANO), no âmbito do colóquio “Novos padrões de consumo”, promovido terça-feira pela associação, em Leiria.Segundo este responsável, este tipo de consumo tem surgido em “contextos muitos específicos, como é o caso das festas Goa, e inseridos em rituais conscientes, em que a maioria dos adeptos terá mais de 30 anos”. Ao REGIÃO DE LEIRIA, Alexandre Ferreira adianta que estas substâncias ainda são pouco conhecidas e quem as utiliza saberá quais são os seus efeitos e como as preparar e tomar.No entanto, o acesso à Internet e a possibilidade de as encomendar on-line, traz novas preocupações, pelo que há que advertir os consumidores para os seus efeitos, na tentativa de reduzir riscos e minimizar danos. É neste âmbito que surgem os Programas de Intervenção Focalizada patrocinados pelo Instituto da Droga e da Toxicodependência. No distrito de Leiria, foram aprovadas duas candidaturas no âmbito da actuação junto de indivíduos com padrões de consumo em contexto recreativo: o “Safe Club”, da ANO, e o “RSV – Recreative Safe Vibe”, da Cercina – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Nazaré.
Festas “trance” promovidas nos pinhais da região
Foi apenas como observadora que Ana Patrícia Nobre, presidente da direcção da ANO, já assistiu a festas “trance” na região, nomeadamente em pinhais nos concelhos de Leiria e Marinha Grande, zonas onde a associação actua.São festas “não autorizadas”, sublinha a responsável, ao contrário do que acontece em espaços privados e onde a ANO já interveio no âmbito do projecto Safe Clube, com a anuência dos promotores.Segundo Ana Patrícia Nobre, urge intervir naqueles espaços festivos que estão a vulgarizar-se, atraindo jovens de baixa faixa etária. “Muitas pessoas não têm a percepção do risco”, afirma.
E Viva as festas de trance, techno e afins onde se consome drogas até ao início da manhã, e onde se a polícia quisesse podia actuar para impedir a venda de drogas ilegais. é preferível andar a caçar multas nas ruas...
Ainda por cima festas não autorizadas, e ninguém investiga nada para descobrir quem as organiza e puni-los por estarem em propriedade privada ilegalmente!
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